Mortes causadas por gripe sobem 127% em São Paulo em 2025 5h6l55
Neste ano, a cidade já registra mais de 1.750 casos de síndrome respiratória aguda grave devido à doença 6w3l4o
As mortes por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), causadas por influenza, o vírus da gripe, subiram mais de 127% na cidade de São Paulo neste ano. Até a última quarta-feira, 11, a capital paulista somou 145 óbitos, enquanto no mesmo período do ano ado, ocorreram 77 mortes. 5x472b
Segundo a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), no acumulado deste ano, foram registrados 1.754 casos de SRAG por influenza na cidade. No mesmo período de 2024, foram 983 casos. A SRAG diz respeito aos casos de síndrome gripal que evoluem para um comprometimento da função respiratória, causando dificuldades para respirar e lesões nos pulmões.
É importante destacar que a cobertura vacinal contra a gripe na cidade continua muito baixa. Até o momento, só 40,73% do público prioritário se vacinou — ou seja, idosos, crianças menores de seis anos e gestantes. Essa parcela da população corre mais risco de desenvolver complicações graves por causa da doença. A meta é alcançar 90% de cobertura entre esse grupo.
Ao todo, até quarta-feira, foram aplicadas 2.231.704 doses no município. Para tentar aumentar a cobertura, a Secretaria Municipal da Saúde ampliou o número de locais onde a vacina está sendo aplicada na capital paulista. Desde o início desta semana, pontos de vacinação foram montados em estações de trem, metrô e terminais de ônibus da cidade. As aplicações nesses locais seguem até o dia 27 de junho.
Segundo especialistas, embora o aumento de SRAG seja esperado nesta época do ano, os números estão ultraando as expectativas. "Temos visto um aumento muito importante no número de casos de influenza em todo o País, e é a primeira vez (desde a pandemia) que a gente tem a influenza ando a covid-19 em número de óbitos e internações", alertou Juarez Cunha, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina contra a gripe pode prevenir de 60% a 70% dos casos graves e mortes causados pelo influenza. Estudos também indicam que ela contribui para reduzir o risco de infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e outras complicações cardiovasculares, como explicamos aqui.
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Além da síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por influenza, os casos de gripe em si continuam em alta em grande parte do País, segundo o boletim mais recente do Infogripe, da Fiocruz.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, o vírus influenza A foi responsável por 40% dos casos de SRAG associados a infecções virais. Entre os óbitos, 75,4% testaram positivo para esse tipo de influenza. Ainda de acordo com o boletim, o número atual de casos de SRAG é o mais alto dos últimos dois anos, com um aumento de 91% em relação ao mesmo período do ano ado.
Como explica o Ministério da Saúde, existem quatro tipos de vírus influenza, que provocam a gripe: A,B,C e D, sendo A e B os responsáveis por epidemias sazonais. Ainda, o influenza A é o culpado pelas grandes pandemias.
Os sintomas mais comuns de gripe são febre, dor de garganta, tosse, dor no corpo e dor de cabeça. Alguns casos podem evoluir com complicações, especialmente em indivíduos com doença crônica, idosos e crianças menores de 2 anos.
A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra a gripe e suas complicações. Outra importante forma de prevenção é o uso de máscaras dentro de postos de saúde e locais fechados com aglomeração de pessoas. / Com informações da Agência Brasil
