Atitude da CBF pode impactar o Botafogo de John Textor 5r1q1e
John Textor, proprietário da SAF do Botafogo, manifestou oposição à implementação do fair play financeiro no futebol brasileiro. Durante reunião da Comissão Nacional de Clubes, que contou com representantes de equipes da Série A, o norte-americano argumentou que o modelo adotado na Europa prejudica clubes com menor poder de arrecadação. Ao utilizar o Crystal Palace […] 5e341j
John Textor, proprietário da SAF do Botafogo, manifestou oposição à implementação do fair play financeiro no futebol brasileiro. Durante reunião da Comissão Nacional de Clubes, que contou com representantes de equipes da Série A, o norte-americano argumentou que o modelo adotado na Europa prejudica clubes com menor poder de arrecadação. 50572k
Ao utilizar o Crystal Palace como exemplo, clube do qual também é acionista, Textor comparou a situação da equipe inglesa diante de potências como Liverpool e Manchester United. "Isso não é justo. O Crystal Palace tem que jogar contra o Manchester United, que é permitido gastar mais com jogadores. Não há paridade financeira", afirmou. Para ele, o conceito europeu de fair play financeiro "é uma fraude".
CBF escudo (Foto: Rebeca Reis/ Staff Images Woman/ CBF)
O empresário reforçou que, mesmo com o alto investimento do Botafogo nesta temporada, todos os aportes seguem o que determina a Lei da SAF. A norma exige que os novos gestores promovam melhorias estruturais e invistam fortemente no clube. "Assinei um contrato em que me exigia investir, não apenas operar. Estou fazendo o que a lei determina", declarou.
Atualmente, o Botafogo já ultraou a marca de R$ 300 milhões em contratações em 2024. Esse movimento intensificou o debate entre os clubes da elite nacional sobre a necessidade de limites orçamentários para manter o equilíbrio entre as equipes. A reunião desta quarta-feira (4) envolveu representantes de Flamengo, Fluminense, São Paulo, Palmeiras, Vasco, Internacional e Fortaleza.
Ainda conforme Textor, a legislação brasileira oferece condições mais atrativas para investidores do que a Premier League. Ele criticou o que considera um bloqueio ao crescimento de clubes médios na Inglaterra. "Na Premier League, clubes comprados por bilionários não podem gastar. Só os grandes têm liberdade. Isso não é sustentabilidade, é hegemonia", concluiu.
Embora o debate sobre fair play financeiro no Brasil ainda esteja em estágio inicial, o posicionamento de Textor evidencia a resistência de alguns dirigentes a modelos que possam restringir os investimentos, sobretudo em um cenário de recente abertura ao capital estrangeiro por meio da SAF. Afinal, o equilíbrio financeiro é desejado, mas o caminho até ele ainda é motivo de controvérsia entre os clubes.