Deolane, Virgínia e ex-BBB devem ser indiciadas pela Justiça 1k5k1a
A I das Bets, instalada com o objetivo de investigar possíveis irregularidades e crimes associados às apostas online, apresentou nesta terça-feira (10) seu relatório final. A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora do colegiado, propôs o indiciamento de 16 pessoas entre influenciadores digitais, empresários e operadores do mercado de apostas esportivas. O documento será votado ainda […] y1l3x
A I das Bets, instalada com o objetivo de investigar possíveis irregularidades e crimes associados às apostas online, apresentou nesta terça-feira (10) seu relatório final. A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora do colegiado, propôs o indiciamento de 16 pessoas entre influenciadores digitais, empresários e operadores do mercado de apostas esportivas. 2h425r
O documento será votado ainda nesta semana pelos parlamentares.
O parecer também propõe 19 projetos de lei voltados à regulação e fiscalização mais rígida das plataformas de apostas. A parlamentar afirma que, durante os quase sete meses de investigação, foram constatadas práticas publicitárias enganosas, atuação ilegal de casas de apostas e uso de estruturas empresariais para lavagem de dinheiro.
Principais Nomes Citados no Relatório
Entre os nomes indicados para indiciamento estão a apresentadora Virginia Fonseca, a advogada e influenciadora Deolane Bezerra, e a ex-participante do Big Brother Brasil Adélia Soares. Virginia foi acusada de publicidade enganosa e estelionato por promover casas de apostas utilizando simulações irreais de ganhos.
"Esses vídeos induzem os seus seguidores em erro sobre os ganhos incorridos pela influenciadora", destacou Thronicke.
Deolane, por sua vez, é apontada como sócia oculta da empresa ZeroUm, que opera por meio de liminar judicial, sem autorização do Ministério da Fazenda. A relatora identificou "vários indícios" de que a influenciadora continua envolvida diretamente na istração da empresa.
Os crimes atribuídos à influenciadora incluem estelionato, lavagem de dinheiro, organização criminosa e contravenções penais relativas a jogos de azar e loterias não autorizadas.
Demais Envolvidos e Crimes Imputados
A ex-BBB Adélia Soares e Daniel Pardim Tavares Gonçalves foram apontados como operadores financeiros ligados a plataformas ilegais estrangeiras de apostas, possivelmente vinculadas a máfias internacionais. Ambos são suspeitos de integrar organização criminosa e lavar dinheiro. Pardim também foi citado por falso testemunho.
Outros nomes incluídos na lista de indiciamento são Ana Beatriz Scipiao Barros, Jair Machado Junior, José Daniel Carvalho Saturino, Leila Pardim Tavares Lima e Marcella Ferraz de Oliveira — todos vinculados à empresa ZeroUm e acusados de envolvimento com apostas ilegais e lavagem de capitais.
O relatório também recomenda o indiciamento de Pâmela Drudi, Erlan Ribeiro Lima Oliveira, Fernando Oliveira Lima, Toni Macedo da Silveira Rodrigues, Marcus Vinicius Freire de Lima e Silva, Jorge Barbosa Dias e Bruno Viana Rodrigues.
Os crimes imputados variam entre publicidade enganosa, exploração ilegal de jogos de azar, sonegação fiscal, tráfico de influência e corrupção ativa.
Empresas e Esquemas Apontados
A Paybrokers, empresa que atuaria como intermediadora financeira de diversos sites de apostas, também está sob suspeita. De acordo com a relatora, a companhia operava um sistema para enviar valores ao exterior através de câmbio com instituições financeiras, sem a devida autorização da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda.
O empresário Marcus Vinicius Silva, apontado como um dos principais articuladores de um "sofisticado esquema de movimentação patrimonial", aparece como o nome com mais acusações: sete crimes, incluindo corrupção ativa e tentativa de influenciar o Judiciário. Já Jorge Barbosa Dias, dono da MarjoSports, responde por organização criminosa, lavagem de dinheiro e exploração ilegal de apostas.
Propostas Legislativas e Impacto Econômico
Soraya Thronicke propõe ainda que as apostas online sejam permitidas apenas em eventos esportivos reais. Entre as sugestões, está a limitação de horários para funcionamento das plataformas (entre 19h e 3h do dia seguinte), a proibição de dedução de marketing em impostos e a criminalização da publicidade enganosa com pena de até quatro anos de prisão.
Outro ponto é a proibição de cláusulas contratuais que recompensem influenciadores com bônus baseados nas perdas dos apostadores, prática classificada no relatório como "cláusula da desgraça alheia".
Segundo estimativa do próprio relatório, o setor movimentou até R$ 129 bilhões em 2024, com impactos socioeconômicos severos, especialmente entre famílias de baixa renda.
Encaminhamentos e Tramitação
Apesar da contundência das acusações, os pedidos de indiciamento não são vinculativos. A formalização das denúncias caberá a órgãos como o Ministério Público e a Advocacia-Geral da União, que devem analisar a pertinência das ações judiciais com base no relatório final da I.